Greve na Argentina paralisa serviços e Milei incentiva ‘disque-denúncia’

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A digital board is seen at Retiro train station that reads ”Attack on the republic”, on the day of a 24-hour general Greve geral na Argentina – REUTERS/Agustin Marcarian" data-medium-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/04/2025-04-10T121651Z_1959830680_RC2ZUDADN9JJ_RTRMADP_3_ARGENTINA-STRIKE.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/04/2025-04-10T121651Z_1959830680_RC2ZUDADN9JJ_RTRMADP_3_ARGENTINA-STRIKE.jpg?fit=1280%2C853&quality=70&strip=all" />A greve teve adesão parcial e a Casa Rosada tentou minimizar o impacto, ainda que tenha estimado um "prejuízo de US$ 880 milhões (cerca de R$ 5,15 bilhões) aos argentinos"The post Greve na Argentina paralisa serviços e Milei incentiva ‘disque-denúncia’ appeared first on InfoMoney.

A digital board is seen at Retiro train station that reads ”Attack on the republic”, on the day of a 24-hour general Greve geral na Argentina – REUTERS/Agustin Marcarian" data-medium-file="https://www.infomoney.com.

br/wp-content/uploads/2025/04/2025-04-10T121651Z_1959830680_RC2ZUDADN9JJ_RTRMADP_3_ARGENTINA-STRIKE.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all" data-large-file="https://www.infomoney.



com.br/wp-content/uploads/2025/04/2025-04-10T121651Z_1959830680_RC2ZUDADN9JJ_RTRMADP_3_ARGENTINA-STRIKE.jpg?fit=1280%2C853&quality=70&strip=all" />Para enfrentar sua terceira greve geral, nesta quinta-feira, 10, o governo de Javier Milei elevou o tom contra os sindicatos, chamando-os de “animais selvagens” e dizendo que a paralisação era um “ataque à república”.

A expressão foi reproduzida em telas nas estações de trem, dizendo que a ação se tratava de um atentado a milhões de argentinos que queriam trabalhar, junto com uma linha direta para denunciar quem fosse “obrigado” a cruzar os braços.A greve teve adesão parcial e a Casa Rosada tentou minimizar o impacto, ainda que tenha estimado um “prejuízo de US$ 880 milhões (cerca de R$ 5,15 bilhões) aos argentinos”. Há 16 meses no cargo, Milei conduz um mandato no qual busca eliminar o déficit fiscal com medidas de austeridade severas, as quais têm provocado protestos como o de ontem.

Leia tambémSecretário do Tesouro dos EUA viaja à Argentina para endosso a reformas de MileiBessent se encontrará com o presidente da Argentina, Javier Milei, e o ministro da Economia, Luis CaputoGoverno Milei classifica greve geral na Argentina como “ataque à República”Paralisação convocada pela CGT expõe a tensão social e a resistência às políticas de ajuste; governo minimiza o impacto e reforça o discurso contra a “casta sindical”Para aliviar a situação, o governo argentino está na expectativa do anúncio de um pacote de resgate de US$ 20 bilhões do FMI, cujo acordo técnico foi alcançado no início da semana.InterrupçãoNa paralisação de ontem, trens e metrôs foram interrompidos, mais de 250 voos foram cancelados, os envios de grãos foram suspensos, as entregas foram paralisadas e os bancos, fechados. A adesão foi alta entre os funcionários públicos, mas muitas lojas estavam abertas e parte dos ônibus circulou.

O movimento – liderado pela principal confederação sindical do país, a CGT – tentou paralisar a Argentina um dia após sindicalistas se juntarem a um protesto semanal de aposentados que reivindicam aumentos de pensões, a maioria delas agora fixada em cerca de US$ 300 por mês – atualmente, elas perderam valor frente à inflação.Membros de sindicatos, incluindo maquinistas de trem, professores, funcionários da alfândega, coletores de lixo e trabalhadores dos correios, suspenderam o trabalho por 24 horas. Aeroportos ficaram vazios, enquanto as principais companhias aéreas interromperam operações.

Muitos hospitais públicos estavam lidando apenas com emergências.“Estamos aderindo à greve por uma negociação coletiva justa, solidariedade com os aposentados e os mais pobres do país e pela crise que estamos enfrentando”, disse Néstor Segovia, secretário-assistente do sindicato dos trabalhadores do metrô.No entanto, diferentemente das greves de janeiro e maio do ano passado, as ruas de Buenos Aires apresentaram adesão mista, principalmente porque o principal sindicato dos motoristas de ônibus não aderiu ao movimento, facilitando assim o deslocamento para o trabalho.

O sindicato optou por não participar por haver negociações salariais em andamento. Embora os taxistas tenham apoiado a paralisação, táxis podiam ser vistos circulando pelas ruas à procura de passageiros. Nos bairros da moda de Buenos Aires, cafés e lojas de roupas estavam movimentados como de costume.

OposiçãoOs poderosos sindicatos da Argentina são controlados pelo partido peronista – o movimento político agora na oposição – desde que ajudaram a levar seu fundador, Juan Domingo Perón, ao poder, em 1945. Eles permanecem centrais para o sistema que Milei tenta derrubar.O porta-voz de Milei, Manuel Adorni, usou seu canal no WhatsApp para criticar a paralisação, dizendo que era um movimento “da casta sindical kirchnerista”, referindo-se à líder da oposição e ex-presidente Cristina Kirchner.

“Eles estão entrincheirados no poder político e sindical, entrincheirados no ninho da casta. O avanço da liberdade implica o fim de seus negócios e, como animais selvagens encurralados, eles contra-atacam para sobreviver”, postou Adorni.Milei pareceu inabalável.

Durante toda a manhã, ele compartilhou dezenas de postagens nas redes sociais celebrando um anúncio de que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, planeja visitar a Argentina na próxima semana. “Milei trouxe a Argentina de volta do esquecimento econômico”, disse o comunicado americano. Mais tarde, ele postou fotos de seu gabinete completo na Casa Rosada com a legenda: “Aqui se trabalha.

” (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)The post Greve na Argentina paralisa serviços e Milei incentiva ‘disque-denúncia’ appeared first on InfoMoney..